domenica 20 luglio 2025

CANGACEIROS UOMINI DI CUOIO DI WILSON VIEIRA - FUMETTI

 









IN THE FUTURE...THE CANGACEIROS LEATHER MEN...WILL RETURN IN THE AUTHOR'S ORIGINAL VERSION!!

FUTURAMENTE...OS CANGACEIROS HOMENS DE COURO...RETORNARÃO NA VERSÃO ORIGINAL DO AUTOR!!

CANGACEIROS!!
HEROES OR BANDITS!?
ONLY...LEATHER MEN!!
RED DRAGON PUBLISHER/COMICS!!

CANGACEIROS!!
EROI O BANDITI!?
SOLAMENTE... UOMINI DI CUOIO!!
RED DRAGON PUBLISHER/FUMETTI!!

CANGACEIROS!!
HERÓIS OU BANDIDOS!?
SOMENTE...HOMENS DE COURO!!
RED DRAGON PUBLISHER/COMICS!!

MINHA HISTÓRIA!? É SIMPLES... 7 ANOS COMO ARTISTA DE QUADRINHOS (STAFF DI IF - GÊNOVA - ITÁLIA) E...44 COMO ESCRITOR (BRASIL): LIVROS E HQs!!

EU NÃO ESCREVO PARA CRIAR HERÓIS!!
EU ESCREVO CANGACEIROS HOMENS DE COURO!

I DON'T WRITE, TO CREATE HEROES!!
I WRITE CANGACEIROS LEATHER MEN!

NON SCRIVO, PER CREARE EROI!!
SCRIVO CANGACEIROS UOMINI DI CUOIO!

UMA ÉPOCA PERDIDA NO TEMPO...MÍSTICA E MÍTICA!!
O deserto catingueiro, um clima árido e escaldante, um ambiente místico e feudal onde o poder e a ganância de poucos dominaram muitos por gerações martirizadas e famintas.
Um clamor por justiça rompeu abruptamente os limites da razão, dando origem a uma casta de sertanejos nômades, fortes e guerreiros; os CANGACEIROS - HOMENS DE COURO, que por décadas sustentaram o significado da palavra: LIBERDADE.
Um período arrebatador, porém obscuro, nos registros da história de uma Nação e de seu povo, visto como um episódio efêmero, mas que, na verdade, vai muito, muito além...BRASIL (nordeste - 1897/1940).
A série será composta de histórias, até o fim, que contam a saga em ordem cronológica de LAMPIÃO e seus homens, desde seu nascimento até sua morte, a morte de Corisco, o fim de seu grupo e seu movimento chamado "CANGAÇO".

IN THE FUTURE...THE CANGACEIROS - MEN OF LEATHER...WILL RETURN IN THE AUTHOR'S ORIGINAL VERSION!!
RED DRAGON PUBLISHER/COMICS!!
MY STORY!? IT'S SIMPLE...7 YEARS AS A COMICS ARTIST (STAFF DI IF - GENOVA - ITALY) AND...44 AS A WRITER (BRAZIL): BOOKS, ESSAYS AND SCRIPTS...
WHAT'S YOUR STORY!!??
AN ERA LOST IN TIME...MYSTIC AND MYTHICAL!!

The catingueiro desert, an arid and scorching climate a mystical and feudal surrounding where the might and greed of a few dominated many for martyred and famishing generations.
An outcry for justice abruptly broke the limits of reason, giving rise to a caste of nomad, strong, warring backwoodsmen; the CANGACEIROS - LEATHER MEN, who for decades sustained the meaning of the word: FREEDOM.
A ravishing period, yet obscure, in the records of the history of a Nation and its people, seen as an ephemeral episode, but which truly goes much, much beyond...BRAZIL (northeast - 1897/1940).
The series will be composed of through the end, stories telling the saga in chronological order of LAMPIÃO and his men from his birth to his death, Corisco´s death, the end of his group, and his movement called the "CANGAÇO".

Nel 1985 Wilson Vieira iniziò la produzione della serie e concluse i primi episodi, unendo elementi di avventura, suspense, intrigo e trama.
Offrendo enfasi al lato sociale della storia, principalmente alla vita sofferente della gente del nord-est e al tormento di coloro che vivono nel deserto, a causa delle ferite da siccità, sotto un nuovo cuore a Fumetti.
Il lettore incontrerà nelle sue pagine storie di vita, clima, miseria e sottomissione, spesso costrette dalla paura della morte, in un mondo in cui il potere sulla vita e sulla morte è ben lontano dalle cancellazioni delle proprietà terriere dei grandi proprietari terrieri...
Sempre in questo periodo, l'autore incontrò la ricercatrice, giornalista e scrittrice Vera Ferreira, nipote di Lampião e Maria Bonita.
Gli fu presentata dalla massima autorità su Cangaço, il Dott. Antonio Amaury Côrrea de Araújo, autore di diversi libri sull'argomento.
"In quell'occasione, mostrai loro il progetto della serie "Uomini in Pelle" e ricevetti da loro parole di incoraggiamento a promuovere la storia di Cangaço e la controversa e avvincente saga di Lampião."

FOR WILSON VIEIRA...
CREATOR: CANGACEIROS LEATHER MEN
VISUAL ART - BY: A. K. S. P. - BRAZIL

PARA WILSON VIEIRA...
CRIADOR: CANGACEIROS HOMENS DE COURO
ARTE VISUAL - POR: A. K. S. P. - BRASIL

PER WILSON VIEIRA
CREATORE CANGACEIROS UOMINI DI CUOIO
ARTE VISIVA DI: A. K. S. P. - BRASILE


The interview with Wilson Vieira, mentioned in your request, likely refers to an interview published on Bigorna.net in 2010.
In it, the author, a comic book professional, discusses the importance of focusing on the domestic market before seeking international recognition.
The phrase: "Let's think about our own country first, then abroad, high-level publications will happen naturally, I guarantee it." reflects this perspective.
Wilson Vieira took the opposite path to what many Brazilian authors aspire to, leaving the European market to dedicate himself to producing in Brazil.
He emphasizes that, by developing good work on the national scene, international recognition will follow.
The phrase: "Let us think first of our own country" suggests prioritizing the domestic market and valuing national production.
The idea is that, by strengthening the Brazilian cultural industry, the recognition and quality of productions will become more evident and naturally reach other markets.



giovedì 10 aprile 2025

ARRIBA...GRINGO BY WILSON VIEIRA!!

 







FOR WILSON VIEIRA...
CREATOR: GRINGO.
VISUAL ART - BY: A. K. S. P. - NYX - BRAZIL
PARA WILSON VIEIRA...
CRIADOR: GRINGO.
ARTE VISUAL - POR: A. K. S. P. - NYX - BRASIL
PER WILSON VIEIRA...
CREATORE: GRINGO.
ARTE VISIVA DI: A. K. S. P. - NYX - BRASILE



HE IS MESTIZO, A SURVIVOR OF THE AMERICAN CIVIL WAR INVOLVED IN THE LATER CHAOS AND A CONSTANT DRINKER OF BRAZILIAN COFFEE!!
GRINGO IS, THE RESULT OF THE EXPLOSIVE, RUSTIC AND VISIONARY MIX ON THE THEME, AMONG CORMAC McCARTHY, SERGIO LEONE AND WILSON VIEIRA!!
"GRINGO IS DENSE READING!
OLD WILD WEST, IS VERY WELL REPRESENTED, IN THESE BOOKS, IN ALL ITS ASPECTS."
Editor - Alex Magnos
"GRINGO - Here the characters are of dubious morals, as in Sergio Leone's most realistic western films, and the line that separates good from bad is thin and dusty.
Moving away from the rules of the classic and repetitive western, imprinted in the collective memory, Leone magnificently transfigures the genre by giving it a typically Latin "strong baroque coloring" and much more credible in every sense, thinking of that period of American history."
"Rising from the ashes of a civil war, a mestizo carries with him the marks of a bloody past.
Death rejected him, but it can still take him at any moment.
And that means facing cruelty, hatred, revenge and the ghosts of the mind.
But he does not seek revenge or redemption; he simply seeks survival.
Follow GRINGO, a lone knight, while he is alive.
The traditional heroes of the Wild Old West are always ready to face their enemies, respecting the rules of a fair game.
Not GRINGO!
He is not that kind of idealized hero, he simply breaks with the monotony."







martedì 7 gennaio 2025

INTERVISTA: VIEIRA WILSON - DI MATHEUS MOURA - 2011

 Entrevista: Wilson Vieira

Por Matheus Moura
23/11/2010

“Pensemos inicialmente em nosso próprio País, depois lá fora, as publicações de alto nível, acontecem naturalmente, garanto.”

Wilson Vieira é um profissional das HQs que fez o percurso inverso ao qual muitos autores brasileiros sonham fazer. Deixou o mercado Europeu e passou a se dedicar a produzir no país – sem excluir, claro, as oportunidades de publicar no exterior.

Tudo começou na década de 1970 quando Wilson saiu do Brasil e foi para a Itália. Lá deu início a carreira de desenhista (ilustrando personagens como Homem-Aranha, Tarzan, Diabolik) e depois de muito labutar e aprender, voltou ao País natal. Aqui deu continuidade ao iniciado na Europa, mas com uma diferença: ao invés de trabalhar exclusivamente com desenhos, passou a se dedicar aos roteiros. Hoje é um dos grande roteiristas nacionais, publicando tanto no Brasil quanto na Europa. Talvez seu trabalho mais conhecido, e de maior fôlego, seja Cangaceiros Homens de Couro, em parceria com Colonnese e publicado em 2004 pela CLUQ – Clube dos Quadrinhos. A segunda parte do álbum está no prelo e em breve deve aparecer por aí.





Essa e outras novidades você confere na entrevista abaixo, em que Wilson fala ainda da carreira, mercado nacional e estrangeiro, como é viver de quadrinhos e muito mais.

01 - Quem é Wilson Vieira?
 
É mais um autor profissional brasileiro dos Quadrinhos, que trilha a Nona Arte já há mais de 35 anos, iniciando como simples estudante, passando a exercer a função de aprendiz de desenhista e se profissionalizando como desenhista (na Europa - Itália) e tornando-se um roteirista (no Brasil) com o transcorrer do tempo, que sempre estuda, pesquisa e aprende diariamente, com seus atuais colaboradores (desenhistas nacionais e internacionais), trocando ideias na realização de seus inúmeros trabalhos, mantendo a qualidade do produto sempre em alto nível, possibilitando assim sua publicação tanto aqui em nosso País, quanto lá fora na Europa e principalmente divulgando também assim, a nossa HQB e seus Artistas.

02 – Do Brasil para a Itália e a volta para cá, como foi? O que levou-o a retornar?

Bem, fui para a Itália estudar, a princípio, Arqueologia, porém por questões burocráticas e de praticidade, acabei mesmo estudando Belas-Artes e durante o período que lá estive de 1973 até 1980, ingressei no então famoso Studio Staff di IF, localizado em Gênova, cujo responsável era o estudioso de Fumetti, chamado Gianni Bono, onde dei início a minha aventura pessoal como desenhista de (Fumetti) Quadrinhos. A princípio totalmente inexperiente, tendo os  primeiros contatos com o lápis, o nanquim, as cores, os roteiros e fui gradualmente com muito esforço e perseverança e com a insistência positiva de Gianni, o qual já acreditava e vislumbrava o meu potencial Artístico, melhorando o meu traço, dia após dia e aos poucos entendi, do que realmente eu gostava: QUADRINHOS e tudo o que o circunda. A volta, foi realmente minha escolha e opção pessoal, pois como desenhista já tinha alcançado o meu objetivo maior que era trabalhar para a Bonelli Editore e para ela, desenhei alguns episódios do personagem western mítico, chamado IL PICCOLO RANGER, além de ilustrar também outros personagens tais como Homem-Aranha, Tarzan, Diabolik (outro ícone dos Quadrinhos Italianos) e dezenas de outros personagens e dos mais variados temas, como guerra, aventura, terror, suspense, western, super-heróis, etc. Outro peso da balança, foi por ser filho único e já tinha me afastado da família por muitos anos. Além do mais, morria de saudades do meu próprio País e das pequenas coisas, tais como o arroz com feijão. Não esqueçamos que estamos falando dos anos 70 e naquela época tudo era diferente e muito mais difícil.

03 – Você mencionou alguns personagens com os quais trabalhou na Itália. Atualmente trabalha com algum desses personagens clássicos? Se não, qual deles lhe dá certa saudade e por quê?

É, são realmente clássicos, e altamente vendáveis na expressão ampla da palavra, todos eles. Não, caro Matheus, não trabalho atualmente com nenhum deles; aliás somente para o Homem Aranha desenvolvi um roteiro e, logicamente, está na famosa e popular "gaveta", de nós Artistas, um dia quem sabe encontrarei algum desenhista, para ilustrá-la e publicá-la. Sinceramente, saudades não sinto de nenhum desses personagens, (a não ser Il Piccolo Ranger, pois até hoje sou um fanático pelo tema WESTERN - tanto que escrevo O ALFABETO DO VELHO OESTE, para o Tex Willer Blog lá de Portugal, para o amigo José Carlos Francisco. Onde esmiúço o tema profundamente, palavra por palavra, de A a Z), porém digo que tive imenso prazer em desenhá-los a sua época, pois cada um deles era sobre um tema, com suas ambientações e linguagens específicas e incluo que a diversificação faz um bem imenso para quem é desenhista e para o roteirista também, pelo menos vejo desse modo. Você deve gostar naturalmente, do que desenha ou escreve, senão é melhor procurar outra coisa para fazer. Claro que para as grandes editoras você é "obrigado por força da profissão" a desenhar tudo o que é solicitado, mas se não o fizer com grande prazer, esqueça, o seu produto final não será de qualidade, aqui ou em qualquer parte do mundo. Aliás, a Nona Arte é muito exigente e não perdoa esses deslizes elementares por parte dos Artistas Profissionais. Por isso a época longa de aprendizagem, de quem gosta de desenhar ou escrever a que chamamos de "amadorismo", é muito importante, ali você pode errar, não gostar, enrolar, desistir, dentro desse período tudo é permitido; e é aí, que justamente os Artistas Profissionais emergem.

04 – E quanto a sua ascensão na Itália, comentou que logo já estava a trabalhar no Studio Staff di IF. Lá teve a oportunidade de “errar, não gostar, enrolar, desistir”, como disse? Conte um pouco da experiência dentro do estúdio e, se possível, trace um paralelo entre os editores italianos e brasileiros...

Exatamente, meu amigo. Tive o tempo para fazer tudo isso, menos o "desistir", isso nunca e para isso, tive a sorte de ter sempre alguém ao meu lado, enquanto aprendia e que me orientava o correto ou incentivava, o próprio Gianni ou os desenhistas e roteiristas que trabalhavam lá a mais tempo que eu e que até hoje publicam por lá. Para você ter uma ideia, passei vários meses desenhando, rochas, árvores, casas e outros tantos desenhando os personagens secundários. Somente quando desenvolvi a habilidade espontânea em desenhar "quase tudo", sem nenhuma orientação, finalmente comecei a desenhar os personagens centrais e HQs completas. Quanto ao traçar um paralelo entre os editores daqui e de lá, bem essa é uma definição muito simples em explicar, os editores de lá mandavam seus roteiros e eu  tinha que seguir a linha geral dos personagens já existentes, ao desenhar. Ou senão fazíamos testes e mais testes, para lançar algum personagem novo, sob orientações precisas dos próprios editores italianos. Aqui tenho a sorte de escrever HQs, que geralmente são sempre aprovadas, aliás até hoje por aqui e lá fora, nunca tive um roteiro meu rejeitado, ou pedidos para refazê-lo ou ajustá-lo, são aceitos como eu os ofereço. Isso deve-se muito a experiência que obtive durante os anos que desenhei, ou seja eu visualizo a HQ pronta antes, do roteiro ser escrito, prática essa que só é adquirida com a experiência, acredite. E todos os meus roteiros eu os escrevo em Português e Italiano, abrindo assim maiores oportunidades de publicação. É um trabalho exaustivo sim, porém o faço com muito prazer, tentando sempre dar de mim o melhor e amigo sou um virginiano, portanto sou um detalhista por natureza (risos).

05 – E por que deixar os desenhos em segundo plano e se dedicar aos roteiros? Ainda desenha?

Bem, caro Matheus, foi uma transição, bem normal para mim. Sem nenhum trauma (risos), quando voltei ao Brasil, lecionei por um bom tempo Desenho Artístico, Quadrinhos, Desenho Básico para Publicidade e naquela época, não é como a de hoje, onde existem muitas Editoras, foi quando me interessei por um programa (série), que começou a passar na Rede Globo, a história de Lampião e Maria Bonita, ali  nasceu o meu envolvimento e total dedicação aos roteiros, que sigo até hoje, comecei a pesquisar, gostei muito, aliás o que mais gosto antes de iniciar qualquer roteiro é ler muito sobre o que ele solicita. Mas voltando ao assunto, foi quando acabei publicando como roteirista, o meu primeiro álbum aqui no Brasil: Cangaceiros - Homens de Couro #1, através da editora CLUQ (Clube dos Quadrinhos) daí veio um álbum Western: Gringo o Escolhido, através da Editora Nomad e aí meu amigo, não parei nunca mais. Escrevo diariamente, sábados, domingos e feriados, tornou-se uma rotina em minha vida. Na realidade eu sou um desenhista, todos os dias também enquanto desenho, existe uma conexão muito forte entre esses dois setores, (pelo menos comigo é assim), desenho sim, muito raramente, geralmente para amigos, como foi o caso do site Italiano Dylandogofili, do meu amigo Cristian Fasano, quando me solicitou uma ilustração do personagem Dylan Dog eu a fiz e depois acabou se tornando um pôster, para o aniversário personagem. Ele também me convidou agora recentemente, para escrever o roteiro para o sue fanzine Dylandogofili #0. Fiz também uma ilustração para o site Italiano Diabolik Club, onde desenhei o personagem Diabolik para um fanzine do próprio site. E recentemente está on-line uma HQ minha (texto e desenhos - feita em 1985) no site Progetto Fumetto do também amigo Giorgio Zanetti. Mas o que me realiza atualmente são os roteiros, portanto é o que me dedico mais.

06 – Interessante. Falando do Homens de Couro. Como foi a construção da história. Ela conta a história de infância e desenvolvimento de Virgulino Ferreira, o Lampião. Essa história é totalmente ficcional? Se não, o que há de real nela?

Esse é realmente o objetivo da série, caro Matheus. Narrar os fatos da vida de Lampião o mais real possível, sempre. Não, não é ficcional, tudo o que escrevo sobre esse grande personagem Brasileiro, está baseado em inúmeros livros que adquiri, depoimentos gravados, com o passar dos anos e em profundas pesquisas. Evidentemente você obrigatoriamente, deve inserir, "algo Quadrinhístico" que deixe o leitor de Quadrinhos mais interessado, por tais relatos e queira ver o que acontecerá no próximo número e assim por diante. Mas diria que 90% dos roteiros, são baseados na vida real de Virgulino, Cangaço e Cangaceiros. E como comprovar ou não, o que foi real na vida de um ícone, uma lenda? São mil versões diferentes de vencidos e de vencedores, eu sempre gostei da versão dos vencidos,  pois ela atesta categoricamente, a sua condição mais humana. Nos alerta que devemos sempre lutar, com todas nossas forças, por nossos objetivos; pois o perder ou vencer, é uma simples peça do inexplicável, Jogo da Vida dos Homens. 

07 – Já tem a história da segunda parte pronta? Se sim, quem agora desenhará?

O Cangaceiros - Homens de Couro? Sim e não só o segundo número e publicada pela Editora Quadrix Comics Group, de Alex Magnos, em 2011. O terceiro e o quarto também estão já escritos, serão devidamente desenhados e publicados também. Esta é uma série que me dá um imenso prazer em escrevê-la, pois é carregada de uma brasilidade imensa e não só isso, é que a própria história do Cangaço e dos Cangaceiros é simplesmente fenomenal, envolvente, protagonizada por personagens extremamente fortes, numa região onde os fracos não sobreviviam. E isso me fascina e me induz, a pesquisar e escrever cada vez mais, sobre esse tema.

08 – Fale um pouco para nós da parceria com o grande Colonnese...

Bem, como você mesmo disse o "grande Colonnese" eu o conheci, através do amigo Wagner Augusto, jornalista e editor do CLUQ, editora essa a qual publicou o Cangaceiros #1. Em 1992 o Colonnese, foi por mim contratado para desenhar esse álbum inicial. Alguns meses depois o álbum estava totalmente desenhado. E o curioso sobre essa série é que desde a sua ideia original, ela permaneceu inédita por 22 anos, e após executada, mais longos 12 anos, até finalmente a sua devida e merecida publicação em 2004. Paciência é o meu sobrenome, caro Matheus (risos). Lembra-se, de quando eu disse que nunca desisti do que fazia por prazer? Essa série, é a testemunha viva do dito (risos).

09 – Aproveitando o gancho da resposta 05, você escreve diariamente, mas seria HQs, ou escreve textos para outras mídias? Atualmente, vamos dizer, “vive de que”, quadrinhos?

Viver de Quadrinhos, eu? Não, bem como a maioria esmagadora, dos Aristas o qual conhecemos, com certeza. Porém em minha agenda diária sempre reservo algumas horas livres, para dedicar-me exclusivamente aos roteiros de Quadrinhos, além dos sábados, domingos e feriados. Um roteirista, como você  bem sabe, "encontra" ou "descobre" em muitas fontes atuais, temas ótimos para desenvolver um argumento e daí um roteiro, isso acontece comigo sempre. Não sei um nome, uma frese, coisas assim e daí surgem as ideias, as coloco num caderno, faço um esboço das quadrinizações e começo a escrever (que para mim, é uma canseira "braba" daquelas), só me acalmo e descanso depois do roteiro pronto. Será desenhado também pelo grande desenhista nacional Fred Macêdo, um roteiro meu Western com 136 páginas, que penso também publicá-lo em 2011. E muitas outras novidades virão, com certeza. Tanto daqui, como lá de fora.

10 – E sua parceria com o Fred Macêdo, como teve início? O que já fizeram juntos?

É bem curiosa a nossa história. Tempos atrás tinha escrito um roteiro Western e necessitava de um bom desenhista, que gostasse do tema, para ilustrá-lo e publicá-lo. Procurei na Web, aqui e acolá e deparei-me com esse fabuloso Artista que é o amigo Fred. Expliquei o meu roteiro, as chances que tínhamos em publicar, tanto aqui no Brasil, como lá fora na Europa, pesquisamos juntos (sempre trocamos centenas de e-mails, sobre nossas HQs, eu mando para eles algumas imagens interessantes, ele me manda os esboços, as pranchas a lápis) e daí como ele queria publicar algo também sobre o tema, nasceu nossa amizade tanto pessoal quanto profissional, através da nossa primeira HQ em parceria. Inclusive ele  já esteve aqui em São Paulo em minha casa e passamos um dia muito legal, juntos, falando de e sobre HQs. Bem já fizemos em parceria as HQs: Kwi-Uktena (western/horror), Evolution (ficção/horror), O Ceifeiro (western/horror). Ele irá começar Chasco outro western, neste caso será um álbum Spaghetti - Western. E desenvolvemos juntos também o "mascote/logo" para a FNNETWORK, uma emissora de rádio que é televisionada, lá em Gênova/Itália, comandada por dois irmãos e amigos pessoais que tenho por lá: Carlo Roberto Trapani e continuamos juntos, firmes e fortes, (risos).

11 – Recentemente saiu a no BDJornal, publicação portuguesa sobre quadrinhos, e nela há duas histórias sua. Acha mais fácil ser publicado na Europa que aqui no Brasil? Como é isso?

Bem, atualmente, para mim, está sendo muito mais fácil publicar tanto aqui quanto lá fora, explico: lá fora, publico (e publicarei) tudo o que faço (e farei - já estamos lá desde 2008) na revista Portuguesa BDJornal do reconhecido editor José Machado Dias, pois ele também como autor gosta do meu jeito de escrever e acha minhas HQs interessantes e vendáveis. Publico (e publicarei) algumas HQs também na revista Italiana Walhalla ( publicamos tempos atrás na revista de #9 - Evolution) da Associação Cultural e Artística - ComixComunity, sempre as escolhidas (por mim oferecidas) por seus famosos editores Gianpaolo Bombara e Claudio Sacchi (aliás outra já foi oferecida e aprovada por eles - portanto aguardem novidades). E outras Editoras Italianas, também já abriram suas portas para mim, graças ao meu curriculum Italiano e os roteiros oferecidos. E obviamente, a facilidade que proponho a eles, ao escrever os roteiros em Português e Italiano. Quanto ao Brasil, publico a maioria de nossas produções na Quadrix Comics Group e agora também iniciei uma colaboração com a sua revista A3 Quadrinhos, caro Matheus, o qual também me enche de orgulho e espero que seja uma colaboração de longa data. Ou seja, confirma exatamente o que sempre levo comigo: "Se o roteiro for interessante e os desenhos de alto nível, resultando num trabalho altamente profissional, sempre encontraremos uma Editora, interessada e disposta a nos abrir as portas para os nossos produtos, tanto aqui, quanto lá fora". E seguindo essa linha de raciocínio, está inserido um selo em meus três Blogs em Italiano que diz: "PORTA RISPETTO È ARTE IL FUMETTO" - TENHA RESPEITO, O QUADRINHO É ARTE.  Essa simples frase, reflete com exatidão, o que penso e sempre pensei, dos Quadrinhos e tento levar ao pé da letra essas palavras. E o mais importante, é que levamos não só aqui, mas lá fora também, a criatividade da nossa HQB, seja ela em roteiros ou desenhos e  isso é altamente positivo, não?

12 – Claro! Você tocou em um ponto interessante. Como percebe essa questão do respeito pelas HQs, comparando o público e editores nacionais com os europeus?

Simples, o público Brasileiro é bem mais imediatista, ou seja ele consome revistas vorazmente e as esquece, com a mesma rapidez, tanto dos autores, quanto dos personagens propostos. O público Italiano é mais tradicionalista, compra, guarda e segue seus autores e personagens favoritos, por um longo tempo. Como posso comprovar isso? Pelos inúmeros e-mails que recebo da Europa (Portugal e Itália) falando bem a respeito das HQs que lá publicamos, muitos desses leitores dizem que estão começando a colecionar as revistas das quais participamos e esperam que publiquemos cada vez mais, por lá. Não que recebo menos e-mails de Brasileiros, ao contrário, mas essa diferença existe e é latente, uma questão Cultural, penso eu. Portanto somente com muitas e muitas publicações, com diferentes temas e propostas, faremos com que isso mude. Quanto aos editores, não vejo diferenças gritantes entre eles não. Pelo menos com os quais estou colaborando. A única coisa exigida obviamente, e com todo direito, é a qualidade das HQs propostas, tanto em roteiros, quanto em desenhos. E eu sempre tive a plena liberdade em propor os temas, os quais sempre foram aceitos como são originalmente, e esse é o indicativo maior que estamos (roteirista e desenhistas), trilhando o caminho certo, e é por aí que iremos, em nossas futuras propostas também.

13 – E com relação, em geral, ao mercado de quadrinhos brasileiros. O que acha dos novos autores, do que é publicado pelas editoras de bancas e o a nova onde de materiais para livrarias?

Eu acho ótimo. Essa nova "ondada" de novos autores e editoras é altamente estimulante, para o nosso mercado. Existem tantos roteiristas e desenhistas de alto nível, e isso é excelente principalmente para o mercado interno, claro. Pensemos inicialmente em nosso próprio País, depois lá fora, as publicações de alto nível, acontecem naturalmente, garanto. Em meu caso, claro é um pouco diferente, pois já era conhecido lá fora como desenhista porém, tive que recomeçar tudo novamente, do 0 como roteirista, mostrando muito trabalho, agora é que começo colher os frutos, após uma longa semeadura (risos). Adoro também, quando meus colaboradores surgem com suas propostas gráficas novas. Como disse antes, quanto maior a diversidade de temas, estilos e propostas e publicações, somente fortalecerá a nossa HQB, com certeza. Em relação a distribuição e vendas, quanto mais e diversificada, melhor é, isso os editores já "sacaram" e estão investindo pesado em bancas, livrarias, as vendas próprias on-line, tudo isso somado, somente aumentarão as vendas e nos trará novos horizontes. Caro Matheus, resumindo, penso que a saída para a nossa HQB, seja: o aumento substancial das publicações, pelas grandes editoras, médias editoras ou editoras independentes, em vários formatos ou seja; fanzines, revistas ou álbuns e o mais diversificado possível, em suas propostas. Inútil é acompanhar os "modismos" frequentes também em HQs, pois eles não acrescentam nada a nossa evolução, são coisas efêmeras e vazias. Insistir, persistir ao infinito. Aí sim, criaremos uma nova "casta" de leitores fiéis, as vendas aumentarão, os autores serão remunerados e finalmente a nossa HQB terá o destaque que merece, já a longo tempo, estabelecendo-se para sempre.

14 – O que indica para um novo autor que, como você antes, agora começa do zero? O que ele deve fazer e como se portar?

Bem é reiniciar tudo novamente, com a mesma "garra" de antes; investir em seu novo objetivo, com afinco. Voltamos novamente ao início do nosso gostoso bate-papo, perseverança, meu amigo, caminhar degrau por degrau, trabalhar duro mesmo. Ler muito, estar "antenado" com o mundo, literalmente falando, pesquisar, propor novas alternativas, ousar, enfrentar grandes desafios, ouvir muitos nãos e ir em frente, tentar, retentar, "engavetar" muitas coisas, colocar no papel tantas outras, jogar no lixo um montão de ideias, das quais você não gosta nem aprova. Guardar simples anotações ou rabiscar muito, treinar em todos os sentidos, colocar para fora uma simples emoção, tornar ela "materializada" seja como for, desenhada ou escrita. Conversar com pessoas de mais experiência, seja pessoal ou profissional, ouvir muito, desenvolver aquilo que mais gosta, aprofundar nele, são ser superficial, não ser mais um autor, mas tentar ao máximo ser um ótimo autor, acreditar em si próprio, em suas crenças, no que faz, ou irá fazer. Inventar novas técnicas, colocar de lado outras. Usar e abusar da sua criatividade, ser metódico, seguir rigidamente algumas regras pessoais e profissionais. Fazer tudo o escrito acima, colocando em prática com fanzines. Não ser ansioso, nem imediatista, tudo tem o seu tempo e hora certa para acontecer, principalmente falando da Nona Arte. E o mais importante, possuir um discernimento profundo, de si próprio quanto o que faz, pois nós Artistas sempre sabemos quando um trabalho ficou bom ou não, portanto seja sincero antes de mais nada consigo mesmo.

15 – Isso é importante! Destaca alguns dos novos talentos de hoje?

Bem, posso falar, "puxando bem, a sardinha pro meu lado", como se diz por aí, dos meus atuais colaboradores (Desenhistas), pois conheço de perto os seus trabalhos, os demais não os conheço profissionalmente e seria injusto mencioná-los, por uma questão de sinceridade pessoal, apesar que sei, existam centenas e centenas de novos autores, espalhados por esse nosso imenso Brasil e fora dele. Eu pessoalmente destacaria: Fred Macêdo, Daniel Brandão, Allan Goldman, Walber Feijó, Angelo Roncalle, Walter Pax e fora esses Artistas Nacionais, incluiria também os jovens Artistas estrangeiros que são: Walter Rodriguez (Argentino) e Riccardo Nunziati (Italiano). Repito e sublinho esses Aristas Nacionais e Internacionais, são os que trabalham ou já trabalharam comigo, daí a minha escolha comprovada; pessoal e profissional.

16 – Na sua concepção, o leitor de quadrinhos atual, e brasileiro, quer ler o que?

Ótima pergunta, a qual não saberia responder. Isso é o que o leitor brasileiro, diferencia do europeu. Lá por uma gama muito grande de escolhas, o leitor, lê o que mais prefere. Aqui não, não temos escolhas, diversidades; quando é mangá só se produzem mangás, lembra-se quando falei sobre os "modismos"? Ou quando é uma coisa e só aquela coisa, ou senão temos o que? Vazio total. O leitor adulto não criou ainda o hábito de ler Quadrinhos, entende? E isso, tem que ser ensinado desde pequeno. E nossa produção? Ainda não basta, é quase que imperceptível, infelizmente, torno a repetir; temos que publicar mais, fazendo com que o leitor escolha o produto de sua preferência e enquanto isso não acontece, o que vende mesmo são os Quadrinhos importados. 








sabato 30 novembre 2024

PER WILSON VIEIRA - CREATORE - GRINGO - ARTE VISIVA - DI: A. K. S. P.

 
















A GUERRA ESTRAÇALHA A ALMA DO HOMEM!!
WAR TEARS A MAN'S SOUL!!
LA GUERRA LACERA L'ANIMA DELL'UOMO!!
ARE YOU TIRED OF ALWAYS READING ABOUT...THE WILD WEST!!??
HAVE YOU...READ THIS WESTERN TETRALOGY!?
A NEW REVIEW, ARISES FROM THE OLD AMERICAN WEST!!
READ FOUR NEW WESTERN BOOKS: A CRUEL AND VIOLENT WORLD!!
CORMAC McCARTHY + SERGIO LEONE + WILSON VIEIRA = WESTERN LITERARY TETRALOGY: GRINGO!!
YOUR IMAGINED OLD WEST WILL NEVER BE THE SAME AGAIN!!

MY STORY!? I
IT'S SIMPLE...7 YEARS AS A COMIC ARTIST (ITALY - STAFF DI IF - Genova) AND...44 AS A WRITER: BOOKS, ESSAYS AND SCRIPTS (BRAZIL - San Paolo)...
...WHAT'S YOUR STORY!!??

EDITOR/LOGO Alex Magnos.
SOU O PRIMEIRO ESCRITOR BRASILEIRO A ESCREVER UMA TETRALOGIA LITERÁRIA WESTERN EM MEU PAÍS!!
SONO IL PRIMO SCRITTORE BRASILIANO A SCRIVERE UNA TETRALOGIA LETTERARIA WESTERN NEL MIO PAESE!!
I AM THE FIRST BRAZILIAN WRITER TO WRITE A WESTERN LITERARY TETRALOGY IN MY COUNTRY!!
EU NÃO ESCREVO LIVROS...EU FAÇO LIVROS...QUAL É A DIFERENÇA!? PENSE!!
I DON'T WRITE BOOKS...I MAKE BOOKS...WHAT'S THE DIFFERENCE!? THINK!!
NON SCRIVO LIBRI...FACCIO LIBRI...QUAL È LA DIFFERENZA!? PENSACI!!
Tetralogia Literária Western - ficção brasileira/ficção histórica.
Um verdadeiro Western realista, revisado e definido, em 4 livros.
I DON'T WRITE BOOKS...I MAKE BOOKS...WHAT'S THE DIFFERENCE!? THINK!!
Western Literary Tetralogy - Brazilian fiction/historical fiction.
A realistic Western, revisited and defined, in 4 books.
GRINGO - Aqui os personagens são de moral duvidosa, como nos filmes de faroeste mais realistas de Sergio Leone, e a linha que separa o bem do mal é tênue e empoeirada.
Afastando-se das regras do faroeste clássico e repetitivo, impressas na memória coletiva, Leone transfigura magnificamente o gênero ao dar-lhe uma "coloração barroca forte" tipicamente latina e muito mais crível em todos os sentidos, pensando naquele período da história americana.
Então, no geral, como historiador, essa visão realista do faroeste é perfeita para como eu o vejo…
Por Wilson Vieira
GRINGO - Here the characters are of dubious morals, as in Sergio Leone's most realistic western films, and the line that separates good from bad is thin and dusty.
Moving away from the rules of the classic and repetitive western, imprinted in the collective memory, Leone magnificently transfigures the genre by giving it a typically Latin "strong baroque coloring" and much more credible in every sense, thinking of that period of American history.
So all in all, as a historian, this realistic view of the Western is perfect for how I see it…
By Wilson Vieira
GRINGO - Qui i personaggi sono di dubbia moralità, come nei western più realistici di Sergio Leone, e la linea che separa il bene dal male è sottile e polverosa.
Allontanandosi dalle regole del western classico e ripetitivo, impresse nella memoria collettiva, Leone trasfigura magnificamente il genere conferendogli una "forte colorazione barocca" tipicamente latina e molto più credibile in ogni senso, pensando a quel periodo della storia americana.
Quindi, tutto sommato, come storico, questa visione realistica del western è perfetta per come la vedo io…
Di Wilson Vieira
EDITOR/LOGO - Alex Magnos
COVER - 1 - Marcos Martins - (284 pages) - 2018
COVER - 2 - Fred Macêdo - (280 pages) - 2022
COVER - 3 - Fred Macêdo - (326 pages) - 2024
COVER - 4 - Fred Macêdo - (334 pages) - 2024




CANGACEIROS UOMINI DI CUOIO DI WILSON VIEIRA - FUMETTI

  IN THE FUTURE...THE CANGACEIROS LEATHER MEN...WILL RETURN IN THE AUTHOR'S ORIGINAL VERSION!! FUTURAMENTE...OS CANGACEIROS HOMENS DE CO...